O presidente Donald Trump recebe nesta terça-feira, na Casa Branca, o presidente argentino Javier Milei para uma reunião que pode redefinir os laços econômicos entre Washington e Buenos Aires. O encontro tem como foco principal um pacote de ajuda financeira e investimentos americanos na economia argentina, que enfrenta inflação persistente e escassez de dólares. Em contrapartida, a Casa Branca busca garantir acesso privilegiado aos minerais críticos e terras raras da Argentina, recursos considerados estratégicos para a indústria de tecnologia e defesa dos Estados Unidos.

Além das negociações sobre mineração e energia, espera-se que Trump e Milei anunciem um acordo para reduzir o tarifaço imposto por Washington sobre o aço e o alumínio argentinos, hoje com sobretaxa de 50%. A medida, se confirmada, aliviaria setores-chave da indústria argentina e abriria espaço para um fluxo comercial mais equilibrado entre os dois países. Fontes diplomáticas indicam que o acordo seria um gesto de boa vontade de Trump, que vê em Milei um aliado político e ideológico no continente sul-americano.

Nos bastidores, no entanto, a diplomacia americana pressiona Buenos Aires a se distanciar da China, que nos últimos anos ampliou sua presença na América do Sul com investimentos em infraestrutura e energia. Washington enxerga o governo Milei como uma oportunidade de reverter a influência chinesa na região, reforçando o alinhamento da Argentina com o Ocidente. Para Milei, o encontro representa não apenas a chance de obter recursos e aliviar a crise econômica, mas também de consolidar sua imagem internacional como um parceiro preferencial dos Estados Unidos sob a administração Trump.

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