O presidente Donald Trump afirmou que o líder venezuelano Nicolás Maduro “não quer se meter” com os Estados Unidos, em meio à crescente escalada de tensões entre Washington e Caracas. A declaração ocorreu durante uma coletiva na Casa Branca, ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Questionado por um repórter sobre supostas ofertas feitas por Maduro em troca de um acordo com os americanos, Trump confirmou a informação e ironizou a tentativa de aproximação: “Ele ofereceu tudo, é verdade. Sabe por quê? Porque ele não quer arrumar confusão com os Estados Unidos.”
De acordo com reportagens recentes do The New York Times, Maduro teria oferecido aos EUA o acesso a petróleo e minerais venezuelanos, numa tentativa de aliviar as sanções e reabrir o diálogo diplomático com Washington — proposta rejeitada pela Casa Branca. O clima de hostilidade se intensificou após Trump confirmar que autorizou operações secretas da CIA em território venezuelano e considerar ações militares contra cartéis ligados ao regime chavista. Paralelamente, o jornal Miami Herald revelou que a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, teria apresentado planos de transição de governo sem a presença de Maduro, com mediação do Catar, embora Caracas negue tais tratativas.
A resposta americana, no entanto, veio de forma contundente. Washington mobilizou uma frota com navios e aviões de guerra no mar do Caribe sob o pretexto de operações antidrogas, o que Caracas classificou como uma “agressão disfarçada” e uma tentativa de controlar os recursos naturais do país. Em contrapartida, o regime de Maduro iniciou exercícios militares permanentes, convocou civis para treinamento com armas e reforçou posições estratégicas diante da presença das forças norte-americanas.