O Tesla Model S foi oficialmente reconhecido pela revista TIME como uma das melhores invenções dos anos 2000, consolidando seu papel como um marco na história da indústria automobilística. O modelo, lançado em 2012, já havia sido descrito pela publicação como um avanço tecnológico capaz de transformar o mercado de veículos, combinando design elegante, autonomia impressionante e uma interface digital inovadora. Assim como o lendário Ford Model T redefiniu o transporte no início do século XX, o Model S foi responsável por popularizar os veículos elétricos e demonstrar que a eletrificação poderia ser viável, desejável e sustentável.
A influência do Model S vai muito além de seu impacto técnico: ele foi o grande catalisador da revolução elétrica liderada pela Tesla. O sucesso do sedã permitiu à empresa financiar o desenvolvimento de modelos mais acessíveis, como o Model 3 e o Model Y, abrindo as portas para que milhões de consumidores pudessem adotar a mobilidade elétrica. A própria TIME reconheceu que o veículo “provou ser uma experiência transformadora para os carros elétricos”, destacando sua autonomia de mais de 400 km e o uso pioneiro de uma tela sensível ao toque para o controle de praticamente todas as funções do carro, um padrão que hoje é comum em veículos modernos.
Apesar de sua importância histórica, o Model S hoje representa uma pequena parcela das vendas totais da Tesla. Agrupado nas divulgações trimestrais junto ao Model X e ao Cybertruck, o sedã de luxo vendeu pouco mais de 85 mil unidades em 2024, frente aos quase 1,8 milhão de veículos entregues pela montadora. Mesmo com pequenas atualizações recentes, o modelo parece estar em uma fase de transição, com Elon Musk afirmando que sua produção continua mais por “razões sentimentais” do que estratégicas. Ainda assim, o legado do Model S é inegável: ele transformou a percepção global sobre o carro elétrico e pavimentou o caminho para o futuro da mobilidade sustentável.