Israel e o Hamas anunciaram um acordo histórico para a implementação de um plano de paz na Faixa de Gaza, marcando o primeiro avanço concreto desde o início do conflito em outubro de 2023. O tratado, mediado pelos Estados Unidos com apoio do Egito, Catar e Turquia, prevê uma série de medidas para encerrar os combates e aliviar a crise humanitária no território palestino. A primeira etapa inclui a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas em troca da soltura de prisioneiros palestinos por Israel, além do recuo gradual das tropas israelenses e da ampliação do envio de ajuda humanitária, com alimentos, água e medicamentos.

O plano apresentado pelo presidente Donald Trump também contempla a criação de uma zona desmilitarizada em Gaza e um governo provisório de transição, administrado por um comitê palestino supervisionado por um “Conselho da Paz” liderado pelos Estados Unidos. O objetivo é reconstruir o território devastado pela guerra e criar as bases para uma convivência pacífica e estável entre israelenses e palestinos. Além disso, está prevista a formação de uma Força Internacional de Estabilização, responsável por garantir a segurança e auxiliar no treinamento de uma nova polícia palestina.

Tanto Israel quanto o Hamas expressaram apoio ao acordo, ainda que com ressalvas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o tratado como uma “vitória moral” e um passo decisivo para o fortalecimento da paz na região, enquanto o Hamas agradeceu o papel dos mediadores e pediu que os países garantam o cumprimento de todos os termos. O consenso é que o plano representa o movimento mais significativo em direção à paz no Oriente Médio em mais de uma década.

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