O governo dos Estados Unidos anunciou a revogação de vistos de estrangeiros que comemoraram a morte do ativista conservador Charlie Kirk nas redes sociais. Segundo o Departamento de Estado, entre os punidos está um cidadão brasileiro, cujo nome não foi revelado. A medida foi apresentada como parte de uma política mais ampla de defesa da “cultura e dos cidadãos americanos”. Em publicações na rede social X, o órgão mostrou exemplos de postagens de indivíduos de diferentes países, incluindo Argentina, Alemanha e África do Sul, que celebraram o assassinato de Kirk, e tiveram seus vistos imediatamente cancelados.
A decisão ocorre no mesmo dia em que o presidente Donald Trump concedeu postumamente a Kirk a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos Estados Unidos. O governo tem usado o caso para reforçar o discurso contra o que chama de “antiamericanismo” entre estrangeiros que vivem ou desejam entrar no país. Em agosto, a Casa Branca já havia anunciado uma nova diretriz que permite ao Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) considerar manifestações “hostis aos EUA” nas redes sociais como motivo para negar vistos ou benefícios migratórios. O objetivo declarado é impedir que pessoas que “desprezam o país” se beneficiem de sua hospitalidade.
Essa política se soma a outras medidas restritivas adotadas recentemente, como o endurecimento contra o chamado “turismo de nascimento”, prática em que mulheres viajam aos EUA para dar à luz e garantir cidadania americana aos filhos. A Embaixada dos EUA no Brasil chegou a divulgar alertas em vídeo sobre o tema, informando que vistos seriam negados caso houvesse suspeita dessa intenção.