O governo dos Estados Unidos autorizou o fornecimento de informações de inteligência para apoiar a Ucrânia em um possível ataque de mísseis contra alvos dentro do território russo, segundo reportagem do Wall Street Journal. Fontes citadas pelo jornal afirmam que a Casa Branca concordou em que agências de inteligência e o Departamento de Guerra compartilhem dados sensíveis e que aliados da Otan também foram consultados para contribuir com informações. Além disso, Washington está discutindo a possibilidade de enviar mísseis de longo alcance que permitiriam a Kiev atingir infraestruturas estratégicas russas.

Entre os armamentos em pauta está o míssil de cruzeiro Tomahawk, com alcance de até cerca de 2.500 km, cuja entrega ampliaria significativamente a capacidade de alcance das forças ucranianas. O WSJ relata que a combinação de inteligência estrangeira e armamentos mais potentes poderia visar instalações energéticas russas, como refinarias, oleodutos e usinas, com potencial para prejudicar exportações de petróleo e combustíveis e afetar redes logísticas. Fontes militares mencionaram que o objetivo declarado seria degradar capacidade logística e de defesa, embora não haja decisão pública final sobre o envio desses mísseis.

A proposta provocou alertas imediatos de Moscou, que classificou qualquer fornecimento de mísseis de longo alcance como uma escalada do conflito e ameaçou retaliar contra países que apoiassem tal ação. Autoridades russas chegaram a dizer que militares estrangeiros que auxiliassem ataques poderiam ser alvo de contramedidas. O impulso dos EUA para ampliar o apoio militar à Ucrânia marca uma mudança de tom na administração americana, apontada na reportagem como mais crítica a Vladimir Putin nas últimas semanas, e acende um debate internacional sobre os riscos de ampliação do confronto e sobre as implicações para a segurança regional e global.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *