As recentes declarações de Donald Trump ampliaram as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O presidente norte-americano afirmou que considera encerrar negócios “relacionados a óleo de cozinha e outros elementos de comércio” com o país asiático. A ameaça surge como retaliação à decisão chinesa de suspender a compra de soja americana em maio, medida que afetou diretamente os produtores rurais dos EUA. Trump classificou a atitude de Pequim como “um ato economicamente hostil” e afirmou que os Estados Unidos podem substituir as importações chinesas com produção interna.

A troca de acusações entre as duas potências vem se intensificando nas últimas semanas. A China reagiu duramente às novas tarifas de 100% impostas por Washington sobre produtos chineses, chamando as medidas de “hipócritas” e “agressivas”. O governo chinês também anunciou controles sobre a exportação de elementos ligados às terras raras, insumos essenciais para a indústria tecnológica, o que foi considerado por Trump como uma resposta “muito hostil”. O impasse comercial tem gerado incertezas nos mercados globais, impactando bolsas, commodities e o comércio internacional.

Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês afirmou que não busca uma guerra tarifária, mas não hesitará em agir para defender seus interesses. A escalada de medidas e contra-medidas, no entanto, indica que a relação entre os dois países está entrando em uma nova fase de confronto econômico. Analistas apontam que, se as sanções e restrições continuarem a se expandir, o impacto poderá se estender a setores estratégicos como agricultura, tecnologia e energia, agravando ainda mais o cenário geopolítico e financeiro global.

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