A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, que chega à sua terceira semana, tem causado preocupações sobre os possíveis impactos econômicos, mas especialistas asseguram que os efeitos devem ser temporários e limitados. Apesar da suspensão de parte das atividades federais, economistas avaliam que o crescimento do PIB norte-americano será apenas ligeiramente afetado, com uma redução estimada entre 0,1 e 0,2 ponto percentual por semana. A expectativa é de que, uma vez resolvido o impasse no Congresso entre republicanos e democratas, a economia se recupere rapidamente, retomando o ritmo sólido de expansão observado nos últimos trimestres.
O Escritório do Orçamento do Congresso (CBO), órgão apartidário, reforçou que as perdas geradas pela paralisação são recuperáveis, com a maior parte da produção perdida sendo compensada assim que as operações normais forem retomadas. O próprio histórico americano mostra isso: durante a paralisação de 2018-2019, considerada a mais longa da história, o crescimento do PIB desacelerou no curto prazo, mas se recuperou com força logo no trimestre seguinte. O governo de Donald Trump tem buscado minimizar os efeitos imediatos sobre setores essenciais, garantindo o pagamento de militares e mantendo ativos programas estratégicos de segurança e infraestrutura.
Mesmo com alguns atrasos temporários em benefícios e pagamentos, economistas destacam que a solidez da economia dos Estados Unidos e o alto nível de consumo interno servirão como amortecedores naturais contra qualquer retração mais profunda. A confiança do consumidor e o baixo desemprego continuam sustentando a demanda doméstica, e os mercados financeiros permanecem estáveis. Analistas afirmam que, uma vez alcançado um acordo orçamentário no Congresso, a economia deve não apenas recuperar as perdas ocasionadas pela paralisação, mas também acelerar, reafirmando a resiliência estrutural da maior economia do mundo.