Prestes a completar 65 anos, o CEO da Apple, Tim Cook, parece se preparar para uma transição histórica na liderança da empresa que comandou por mais de uma década. De acordo com o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, o nome mais cotado para assumir o posto é John Ternus, atual vice-presidente sênior de engenharia de hardware. A movimentação interna ganhou força após o anúncio da aposentadoria de Jeff Williams, diretor de operações e há muito tempo considerado o “número dois” da Apple. Ternus, com 50 anos, representa uma nova geração de executivos dentro da companhia, mais voltada para a inovação tecnológica do que para a área operacional e de logística, onde Cook sempre brilhou.
A possível troca de comando ocorre em um momento simbólico: o mês em que se completam 14 anos da morte de Steve Jobs, o cofundador e ícone máximo da Apple, falecido em 5 de outubro de 2011. Jobs, conhecido por sua visão criativa e perfeccionismo extremo, deixou um legado que ainda molda a identidade da empresa e a forma como ela é percebida pelo público. Desde então, Cook conseguiu consolidar a Apple como uma potência financeira sem precedentes, mas críticos apontam que a companhia perdeu parte do brilho inovador que caracterizava a era Jobs. O aniversário de sua morte reacende o debate sobre o futuro da empresa e se a próxima geração de líderes conseguirá equilibrar eficiência e ousadia criativa.
Enquanto o mercado especula sobre a sucessão, a Apple segue apostando em novos horizontes. O foco da companhia está em expandir seu ecossistema de inteligência artificial, realidade aumentada e computação espacial, especialmente após o lançamento do Vision Pro. Analistas acreditam que uma eventual ascensão de Ternus poderia marcar uma nova fase mais técnica e centrada em produto, aproximando novamente a Apple do espírito inovador de seus primórdios. Com uma transição cuidadosamente planejada, a empresa busca provar que, mesmo sem Jobs e possivelmente em breve sem Cook, ainda tem fôlego para continuar moldando o futuro da tecnologia.