O presidente Donald Trump voltou a elevar o tom contra o grupo terrorista Hamas nesta quinta-feira, por meio de uma publicação em sua rede Truth Social. O líder americano afirmou que, caso o grupo continue a executar civis em Gaza, os Estados Unidos “não terão escolha a não ser entrar e matá-los”. A declaração veio após vídeos de execuções em plena luz do dia circularem nas redes sociais, gerando revolta internacional. Trump já havia alertado, dois dias antes, que o Hamas deveria se desarmar voluntariamente ou seria “desarmado de forma violenta”. No entanto, o presidente não especificou se pretendia empregar forças militares americanas diretamente na Faixa de Gaza ou se a retaliação ficaria sob responsabilidade de Israel, aliado estratégico dos EUA no Oriente Médio.

A tensão na região se intensificou ainda mais após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar que “os combates em Gaza ainda não terminaram”, mesmo após o cessar-fogo formalizado entre Israel e o Hamas. O governo israelense acusa o grupo terrorista de atrasar a entrega dos corpos de reféns mortos em cativeiro, descumprindo parte essencial do acordo de trégua. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), apenas nove dos 28 corpos prometidos foram devolvidos até agora. O ministro da Defesa, Israel Katz, ameaçou retomar as operações militares “em coordenação com os Estados Unidos” caso o Hamas continue a descumprir o acordo. O grupo, por sua vez, alega que precisa de “equipamentos especializados” para recuperar os corpos restantes das ruínas de Gaza.

Diante da demora e das novas tensões, Israel decidiu reduzir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, autorizando apenas metade dos caminhões previstos no acordo original e proibindo totalmente o envio de combustível. A medida foi comunicada à ONU e recebeu críticas de organismos internacionais. Paralelamente, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa internacional para localizar os corpos dos reféns ainda desaparecidos, com apoio técnico dos Estados Unidos e de Israel.

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