A concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2025 a María Corina Machado marcou um momento de forte simbolismo político e geopolítico. Indicada por Marco Rubio, atual secretário de Estado do governo Donald Trump, a líder venezuelana foi reconhecida por sua luta pacífica em defesa da democracia e dos direitos humanos em um país dominado por um regime autoritário há mais de duas décadas. A nomeação de Machado foi feita ainda em 2024, quando Rubio era senador pela Flórida, e contou com o apoio de outros parlamentares republicanos, que destacaram sua coragem e resiliência diante da repressão imposta pelo governo de Nicolás Maduro. Para o comitê norueguês, a escolha de Machado simboliza “a chama da liberdade em meio à escuridão do autoritarismo”.
O prêmio também gerou reações intensas no cenário internacional, especialmente em Washington. Apesar da indicação ter vindo de um membro do próprio governo, a Casa Branca criticou a decisão, afirmando que a escolha da venezuelana refletia uma politização da premiação. O diretor de comunicação Steven Cheung declarou que o Nobel “coloca a política à frente da paz”, lembrando que o próprio Donald Trump havia sido cotado para o prêmio no mesmo ano.
Enquanto isso, o reconhecimento internacional a Machado foi interpretado por analistas como um golpe simbólico contra o regime de Maduro e uma vitória moral para a oposição venezuelana. Vivendo escondida desde que foi impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024, ela se tornou um ícone da resistência pacífica na América Latina. Fontes do governo americano afirmaram que Marco Rubio deve visitar o Brasil nas próximas semanas para discutir com o presidente Lula a crise venezuelana e a possível retomada de canais diplomáticos entre Brasília e Caracas.