A rede de supermercados Publix, uma das mais conhecidas e frequentadas da Flórida, passou a permitir o porte aberto de armas de fogo em todas as suas lojas no estado. A decisão segue uma recente determinação judicial que derrubou a proibição estadual ao porte aberto, considerada inconstitucional por um tribunal de apelações. Embora a nova lei permita que empresas privadas optem por manter restrições próprias, diversos funcionários confirmaram que a Publix escolheu seguir a legislação estadual, permitindo que clientes entrem armados nas lojas, desde que não causem distúrbios.
O tema, no entanto, tem gerado forte controvérsia entre consumidores e autoridades locais. Enquanto alguns clientes afirmam sentir-se mais seguros ao saber que cidadãos armados podem agir rapidamente em situações de emergência, outros consideram a medida um risco à segurança pública e dizem que deixarão de frequentar os estabelecimentos. Sheila Alu, ex-comissária da cidade de Sunrise, declarou que, embora apoie o direito constitucional de portar armas, prefere evitar locais onde o porte aberto é permitido, por acreditar que “ver pessoas armadas em um supermercado pode assustar a população”. Já Ana Campos, investigadora privada de Fort Lauderdale, argumenta que a presença visível de armas pode, em alguns casos, dissuadir ações criminosas.
Enquanto o Publix adota uma postura de conformidade com a nova lei, outras grandes redes optaram pelo caminho oposto. Supermercados como Walmart, Winn-Dixie e Sam’s Club mantiveram suas políticas internas de proibição ao porte aberto, reforçando que sua prioridade é garantir um ambiente seguro e confortável para clientes e funcionários. Já redes como Target, Whole Foods, Trader Joe’s e Aldi ainda não se pronunciaram oficialmente. Com mais de 900 lojas na Flórida, a decisão do Publix poderá influenciar outras empresas e reacender o debate sobre o equilíbrio entre direitos individuais e segurança coletiva em espaços públicos.