Israel e Hamas retomaram nesta segunda-feira, no Cairo, as negociações para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, um dia antes do conflito completar dois anos. As conversas giram em torno do plano de paz proposto pelo presidente Donald Trump, que prevê a libertação dos reféns israelenses, a retirada gradual das tropas de Israel e a definição do futuro político de Gaza. A proposta, aceita integralmente por Israel, conta com a mediação do Egito, do Catar e dos EUA, mas o Hamas concordou apenas parcialmente com os termos até o momento.

A nova rodada de negociações ocorre em meio a intensas movimentações diplomáticas e à pressão internacional por um cessar-fogo duradouro. Representantes do Hamas chegaram ao Egito no domingo, enquanto a delegação israelense desembarcou nesta segunda-feira em Sharm El Sheikh. O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e seu genro Jared Kushner também participam das conversas. O presidente americano classificou sua proposta como um “acordo histórico pela paz” e advertiu que o Hamas enfrentará uma ofensiva total caso o plano seja rejeitado. Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, “90% do acordo já está concluído”, restando apenas detalhes logísticos.

Apesar das divergências, há sinais moderados de otimismo entre os mediadores e líderes envolvidos. Autoridades israelenses esperam que todos os reféns sejam libertados “nos próximos dias”, enquanto o Hamas sinalizou disposição em avançar nas tratativas, desde que Israel reduza os bombardeios em Gaza. A expectativa é de que o plano de Trump possa inaugurar uma nova fase diplomática no Oriente Médio, encerrando um dos conflitos mais longos e devastadores da região e abrindo espaço para reconstrução, estabilidade e negociações futuras entre Israel e a autoridade palestina.

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